Fundos Imobiliários: guia completo

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Investir em imóveis é uma excelente forma de se proteger e também multiplicar patrimônio. Grandes fortunas foram e continuam sendo feitas com base nesse tipo de investimento. Via de regra, o seu valor aumenta com o tempo (desde que bem conservado e administrado), e ele ainda gera renda (por meio dos aluguéis).

Contudo, para se investir em imóveis de forma direta (comprando uma casa, apartamento ou sala comercial) é preciso ter muito dinheiro (ou então pegar muito dinheiro emprestado por meio de um financiamento imobiliário). Além disso, imóveis não são um investimento líquido (ou seja, leva muito tempo para comprar e para vender). E também geram muitas despesas acessórias (escritura, registro, corretagem, administração, condomínio, IPTU, ITBI, manutenção, entre outras).

Porém, existe uma outra forma muito mais SIMPLES de se investir em imóveis. Como? Por meio dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs). Vou te falar aqui tudo (ou quase tudo!) que você precisa saber sobre os FIIs para que você entenda como esse investimento funciona e possa decidir se ele é uma boa opção para você.

1) O que é um FII?

O Fundo Imobiliário é composto por um conjunto de cotas. Para se investir em um Fundo Imobiliário, é preciso comprar uma (ou mais) cotas desse Fundo. Ou seja, o investidor passa a ser dono de uma parte (mesmo que pequena) daquele Fundo, que normalmente é composto por um ou vários imóveis (salas comerciais, quartos de hotel, galpões de logística, hospitais, entre outras possibilidades). Esses imóveis são alugados e as pessoas que os alugam pagam todos os meses o aluguel para o Fundo, que repassa esses valores aos cotistas, na proporção das suas cotas.

As cotas dos FIIs são negociadas na B3 (a Bolsa de Valores) como se fossem ações. E o seu valor varia de acordo com as expectativas do mercado e a própria administração do Fundo (assim como as ações). Ou seja, você pode comprar uma cota hoje por R$ 100,00 e amanhã ela pode estar valendo R$ 120,00 ou R$ 80,00, por exemplo.

Portanto, existem duas formas de se ganhar dinheiro ao se investir em FIIs: com o recebimento periódico dos rendimentos (os aluguéis) e com a venda das cotas após uma eventual valorização.

2) Vantagens de se investir em FIIs (em comparação a comprar um imóvel):

a) Valor baixo de investimento: Você pode começar a investir com R$ 100,00 ou até menos (a depender do valor da cota do fundo em que você quer investir)
b) Liquidez: Como as cotas dos FIIs são negociadas em Bolsa, você pode comprar e vender a qualquer momento
c) Diversificação: Como os valores mínimos de investimento são baixos, é mais fácil diversificar investindo em vários FIIs diferentes, de forma a reduzir os riscos (se um Fundo vai mal, os outros podem compensar) 
d) Isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos: Os valores pagos periodicamente pelos Fundos aos seus cotistas a título de repasse dos aluguéis são isentos de Imposto de Renda (diferentemente dos aluguéis recebidos pelo proprietário de um imóvel próprio)

3) Como investir?

É preciso ter conta em uma Corretora de Valores e fazer a compra do cotas dos FIIS por meio do home broker, colocando o código do FII, a quantidade de cotas que se quer comprar ou vender e o preço pelo qual você deseja fazer a compra ou venda (que precisa estar alinhado ao preço atual de mercado para que você consiga concretizar a operação).

4) Taxas e Impostos:

a) Taxa de Corretagem: algumas Corretoras cobram taxa de corretagem na compra e vendas das cotas dos FIIs. Porém, já há algumas Corretoras que isentam seus clientes dessas taxas.
b) Incide Imposto de Renda na venda das cotas com valorização: a alíquota é de 20% (sobre o lucro obtido) e o próprio investidor deve fazer o cálculo e recolher a DARF (guia para pagamento do Imposto) até o último dia útil do mês subsequente ao da venda das cotas com lucro.
c) Taxa de Administração: cobrada pelos Fundos para a manutenção de suas operações.
d) Taxa de Gestão e/ou Taxa de Performance: cobrada por alguns Fundos.

5) Como escolher um Fundo para investir?

Você mesmo pode fazer a análise dos Fundos para escolher o seu (que é uma coisa bem complexa de ser feita) ou então basear-se nas recomendações dos analistas de sua Corretora de Valores ou então de Casas de Pesquisa Independentes.

É isso! Espero que o artigo tenha te ajudado e desejo muito sucesso em seus investimentos!

Alexandre Winkler

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