FGC (Fundo Garantidor de Créditos): o que é e como funciona

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Todo investidor já deve ter ouvido falar no Fundo Garantidor de Crédito, conhecido como FGC. É a entidade responsável por proteger os investidores contra prejuízos decorrentes de quebras e falências de instituições financeiras.

Contudo, você precisa ficar muito atento. Há diversas limitações na cobertura de proteção oferecida pelo FGC. Para começar, o total de recursos que o FGC detém para a proteção dos investidores é pequeno em relação ao montante total de dinheiro investido no sistema financeiro nacaional.

Ou seja, ele consegue ressarcir os investidores em caso de quebra de um Banco pequeno, mas não teria recursos financeiros suficientes para resguardar os investidores se diversos Bancos pequenos quebrassem ou se um Banco de maior porte falisse.

Claro que o atual momento econômico não sugere que possa ocorrer um desequilíbrio econômico sistêmico que levasse a uma quebra generalizada de instituições financerias, mas o investidor deve saber que o seguro oferecido pelo FGC não é absoluto.

Além disso, o FGC apenas oferece cobertura para investimentos determinados e para quantias limitadas (em valor e em tempo).

Conheça os detalhes e veja se você e seus investimentos estão protegidos:

  1. Principais coberturas: valores depositados em conta-corrente e valores investidos em: Poupança; LC (Letra de Câmbio); LI (Letras Imobiliárias); LH (Letras Hipotecárias); LCI (Letra e Crédito Imobilário)LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e CDB (Certificado de Depósito Bancário).
  2. Valores cobertos: até 250 mil reais por instituição financeira investida, limitado a 1 Milhão por investidor no período de 4 anos.

Ou seja, para estar totalmente segurado pelo FGC, o investidor deve aplicar no máximo 250 mil reais em investimentos emitidos por um mesmo Banco ou instituição financeira e não ter um total investido de mais de 1 milhão. Esse teto de garantia de 1 milhão é válido por 4 anos, ou seja, se o investidor tiver 250 mil reais aplicados em um Banco e esse Banco quebrar, o FGC ressarcirá o investidor, mas pelos próximos 4 anos seu limite de garantia será de 750 mil reais. Passados 4 anos sem necessidade de utilizar o FGC novamente, o teto daquele investidor é reestabelecido para 1 milhão de reais.

Note que não estão cobertos pelo FGC investimentos em Tesouro Direto (cujo risco é praticamente inexistente, pois são emitidos e garantidos pelo próprio governo federal), ações, fundos de investimento, entre outros.

Em resumo, a diversificação é a chave da segurança. Ao investir em produtos financeiros que são cobertos pelo FGC, evite aplicar mais de 250 mil reais em investimentos emitidos por uma mesma instituição financeira. E, tendo em vista as limitações de recursos do FGC, não invista todo seu dinheiro apenas em instituições financeira mais arriscadas. Primeiro porque, em caso de um problema grave no sistema financeiro nacional que prejudicasse vários Bancos, o FGC não teria dinheiro suficiente para ressarcir todos os investidores de forma integral. Segundo, porque há um prazo até que o investidor seja ressarcido, período em que o dinheiro não renderia nada.

Pense sempre na segurança ao investir o seu dinheiro (e não apenas na rentabilidade)!

Sucesso e abraços,

Alexandre Winkler

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